segunda-feira, 5 de setembro de 2011

O Morro dos Ventos Uivantes, Cap XXXlll

No dia seguinte, como Earnshaw ainda não pudesse dedicar-se aos seus afazeres habituais e fosse obrigado a ficar em casa, vi-me incapaz de reter a minha jovem ama junto de mim, como até então. Ela acordou e desceu antes de mim, dirigindo-se para o jardim, onde vira o primo ocupado a fazer qualquer trabalho leve; e, quando os fui chamar para o desjejum, vi que ela o persuadira a limpar um grande espaço de terreno, onde cresciam pés de groselha, e que ambos estavam planejando plantar ali uma porção de mudas trazidas da granja.
Fiquei horrorizada com a devastação que eles tinham levado a cabo no breve espaço de meia hora; os pés de groselha eram o orgulho de Joseph e Cathy resolvera plan­tar um canteiro de flores bem no meio deles.
— Pronto! — exclamei. — Assim que Joseph des­cobrir, vai mostrar o que vocês fizeram ao patrão. Que desculpa vocês vão dar para modificar assim o jardim? Vamos ouvir muitas. . . vocês vão ver! Sr. Hareton, pensei que o senhor tivesse bom senso suficiente para não fazer isso só porque ela lhe pediu!
— Esqueci que as groselhas eram de Joseph — res­pondeu ele, perplexo. — Mas vou lhe dizer que fui eu.
Sempre fazíamos as refeições com o Sr. Heathcliff. Eu tinha as funções de dona da casa, fazendo o chá e trinchando a carne, de modo que era indispensável à mesa. Catherine geralmente sentava-se ao meu lado, mas nesse dia preferiu ficar mais perto de Hareton, e logo vi que não teria mais discrição na sua amizade do que, antes, na sua hostilidade.
— Preste atenção para não conversar nem olhar mui­to para o seu primo — murmurei-lhe. — Isso aborrecerá o Sr. Heathcliff e ele ficará furioso com ambos.
— Está bem — concordou ela.
Mas um minuto depois ela se esgueirava para o lado dele e enfiava primaveras no seu prato de mingau.
Ele não ousava falar com ela à mesa; mal ousava olhar; mas ela continuava a provocá-lo, a ponto de por duas vezes ele ter dificuldades em controlar o riso. Franzi o sobrolho e ela levantou os olhos para o patrão, cujo pen­samento estava longe dali, conforme a sua expressão mos­trava — e ela ficou momentaneamente séria, observando-o gravemente. Depois, voltou-se e recomeçou com as suas momices, até que, por fim, Hareton deixou escapar uma risada contida. O Sr. Heathcliff estremeceu e o seu olhar varreu-nos os rostos. Catherine enfrentou-o com o seu cos­tumeiro ar de nervosismo e desafio, que ele detestava.
— Ainda bem que você está fora do meu alcance! — exclamou ele. — Que diabos a levam a olhar assim para mim, com esses olhos infernais? Abaixe-os e não me volte a fazer lembrar-me da sua existência. Pensei que a tinha curado de rir.
— Fui eu — murmurou Hareton.
— Que é que você diz? — perguntou o patrão. Hareton olhou para o prato e não repetiu a confissão.
O Sr. Heathcliff encarou-o durante alguns minutos e de­pois recomeçou silenciosamente a comer e a meditar. Tí­nhamos quase terminado e os dois jovens se haviam sepa­rado prudentemente, de modo que eu não esperava mais complicações, quando Joseph surgiu à porta, revelando, pelos seus lábios trêmulos e olhos furiosos, que descobrira o ultraje cometido contra os seus preciosos pés de groselha. Devia ter visto Cathy e o primo perto do lugar, antes de perceber o que tinha acontecido, porque, enquanto remoía o queixo como uma vaca ruminando, começou, numa fala difícil de entender:
— Quero receber o meu dinheiro e quero ir embora! Tinha pensado em morrer onde servi durante sessenta anos, e botar os meus livros na mansarda e todas minhas coisas, e que eles iam ficar com a cozinha, para a gente ter sosse­go. Era duro deixar o meu lugar na lareira, mas até isso eu ia fazer! Nunca que pensei que iam me tirar o jardim tam­bém e juro por Deus, patrão, que não posso agüentar isso! Vosmecê pode ser capaz de suportar tudo, mas eu não sou. . . não estou acostumado, os velhos não se acostu­mam com certas coisas. Prefiro mais ir ganhar o meu pão na estrada, com uma picareta!
— Que conversa é essa, velho idiota? — interrompeu Heathcliff. — Pare já com isso! De que é que se queixa? Não me meto nas discussões entre você e Nelly. Pelo que me diz respeito, ela pode até jogá-lo no lixo.
— Não é com ela! — respondeu Joseph. — Eu não ia querer ir embora por causa dela; para mim, ela nem existe. Graças a Deus, ela não pode arrastar para o inferno a alma de ninguém! Nunca foi bonita para tentar um cris­tão. Foi aquela perdida, aquela sonsa que enfeitiçou o rapaz, com seu olhar atrevido e seu modo pecador. . . Até parece que o meu coração vai partir! Ele esqueceu de tudo, o que eu fiz para ele e foi e destruiu uma fila inteirinha de pés de groselha, no jardim! — E rompeu em novas lamentações, provocadas pelo sentimento de haver sido ofendido, pela ingratidão de Earnshaw e pelos perigos que o rapaz corria.
— O velho estará bêbedo? — perguntou o Sr. Heath­cliff. — Hareton, a coisa é com você?
— Arranquei dois ou três pés de groselha — respon­deu o rapaz —, mas vou plantá-los de novo.
— E por que foi que os arrancou? — insistiu o patrão.
Catherine resolveu intervir.
— Queríamos plantar umas flores naquele lugar — falou ela. — Sou eu a única culpada, pois lhe pedi para fazer isso.
— E quem diabos lhe deu licença para mexer em alguma coisa? — perguntou-lhe o sogro, muito surpreso.
— E quem lhe mandou obedecer a ela? — acrescentou, virando-se para Hareton.
O rapaz ficou sem fala, mas a prima respondeu:
— O senhor não deveria negar-me uns poucos metros de terra para plantar flores, uma vez que se apossou de todas as minhas terras!
— Que terras, sua insolente? Você nunca teve terras — replicou Heathcliff.
— E do meu dinheiro também — continuou ela, devolvendo-lhe o olhar furioso e, ao mesmo tempo, mor­dendo um pedaço de pão que restara do seu desjejum.
— Cale-se! — gritou ele. — Acabe de uma vez e suma!
— E também se apossou das terras e do dinheiro de Hareton — insistiu a imprudente. — Eu e Hareton agora somos amigos e vou contar-lhe tudo o que sei a seu res­peito!
O patrão pareceu perder momentaneamente o auto-domínio: empalideceu e levantou-se, olhando-a com uma expressão de ódio mortal.
— Se o senhor me bater, Hareton baterá no senhor
— disse ela —, de maneira que acho melhor sentar-se.
— Se Hareton não a puser para fora da sala, darei cabo dele — trovejou Heathcliff. — Bruxa danada! Por acaso você pretende pô-lo contra mim? Fora daqui! Está ouvindo, Hareton? Jogue-a na cozinha! Juro que a mato, Ellen Dean, se você permitir que ela volte a aparecer diante de mim!
Hareton tentou, em voz baixa, convencê-la a sair da
sala.
— Arraste-a para fora daqui! — gritou Heathcliff, fora de si. — Que é que estão falando? — E aproximou-se para executar a sua própria ordem.
— Ele nunca mais lhe obedecerá, homem perverso
— respondeu Catherine —, e não tardará a detestá-lo tanto quanto eu.
— Psiu! Psiu! — murmurou o rapaz, em tom de cen­sura. — Não quero ouvi-la falar assim para ele. Chega.
— Mas não o vai deixar bater em mim, vai? — per­guntou ela.
— Vamos — sussurrou ele, aflito. Demasiado tarde: Heathcliff a havia agarrado.
— Agora, você vai! — disse ele para Earnshaw. — Bruxa maldita! Desta vez, ela me provocou até o último limite e hei de fazer com que ela se arrependa para toda a vida!
Tinha a mão no cabelo dela; Hareton tentou fazer com que ele lhe soltasse os cachos, pedindo-lhe que não lhe fizesse mal. Os negros olhos de Heathcliff coruscaram: parecia prestes a despedaçar Catherine e eu já estava pronta para ir em seu socorro, quando, de repente, os dedos dele se relaxaram; soltou-lhe o cabelo, agarrou-lhe o braço e olhou fixamente para o rosto dela. Depois passou a mão pelos olhos, ficou um momento tentando recobrar o san­gue-frio e, voltando-se novamente para Catherine, disse, com pretensa calma: — Você tem de aprender a evitar enfurecer-me, ou qualquer dia acabo mesmo matando-a! Vá com a Sra. Dean, fique com ela e confine a sua insolência aos seus ouvidos. Quanto a Hareton Earnshaw, se o vir dando-lhe atenção, farei com que vá procurar o seu pão onde o possa conseguir! O seu amor fará dele um pária e um mendigo. Nelly, leve-a. . . e deixem-me a sós, todos vocês! Deixem-me!
Levei a minha jovem ama para fora — ela estava por demais aliviada de ter escapado para resistir. Hareton se­guiu-nos e o Sr. Heathcliff ficou com a sala para si até a hora do almoço. Eu havia aconselhado Catherine a levar o seu almoço para cima; mas, tão logo ele percebeu que o lugar dela estava vazio, mandou-me chamá-la. Não falou com ninguém, comeu muito pouco e saiu logo depois, di­zendo que não voltaria senão à noite.
Os dois novos amigos aproveitaram a ausência dele para se instalarem na sala. De repente, ouvi Hareton cen­surar severamente a prima por ela lhe revelar a conduta do sogro para com o seu pai. Disse que não toleraria que se falasse uma só palavra contra ele; mesmo que ele fosse o próprio Diabo, ficaria sempre do seu lado, e preferia que ela falasse mal de si mesmo, como antes fazia, do que do Sr. Heathcliff. Catherine estava ficando irritada; mas ele achou meios de fazê-la calar, perguntando-lhe se gostaria de que ele falasse mal do pai dela. Compreendeu, então, que Earnshaw zelava pela reputação do dono da casa e lhe estava ligado por laços mais fortes do que a razão — laços afirmados pelo hábito, que seria cruel tentar desmanchar. Daí por diante, ela mostrou o seu bom coração, evitando expressar queixas ou antipatia por Heathcliff, e confessou-me a sua pena de haver tentado envenenar as relações entre ele e Hareton: acho que, desde então, ela não falou sequer uma sílaba contra o seu opressor na presença deste último.
Quando esse ligeiro desentendimento passou, os dois fizeram as pazes e voltaram às suas ocupações de aluno e professora. Vim para a sala, assim que terminei o meu trabalho; e senti-me tão consolada de os ver, que nem reparei no passar do tempo. Sabe, até certo ponto ambos pareciam meus filhos: de uma, havia muito que eu me orgulhava; e, agora, tinha a certeza de que o outro seria para mim uma fonte de igual satisfação. Sua natureza sin­cera, calorosa e inteligente dissipou rapidamente as nuvens da ignorância e da degradação em que ele tinha sido cria­do; e os elogios de Catherine agiam como um estímulo para os seus progressos. O desenvolvimento da mente ilu­minava-lhe o rosto, acrescentando nobreza ao seu aspecto: custava-me crer que ele fosse a mesma pessoa que eu vira com a minha jovem ama no Morro, no dia em que ela fora a Peniston Crag. Enquanto eu os via trabalhar, o crepúsculo foi chegando e, com ele, o dono da casa. Chegou inespe­radamente, entrando pela porta principal, e deparou com nós três antes que pudéssemos levantar a cabeça para olhar para ele. Bem, refleti, não podia haver cena mais agra­dável ou mais inofensiva; seria um pecado ralhar com eles. O clarão do fogo fulgia sobre as cabeças deles e mostrava-lhes os rostos, animados por um interesse quase infantil; porque, embora ele tivesse vinte e três anos e ela dezoito, ambos achavam tanta novidade no sentir e no aprender, que nenhum dos dois experimentava ou demonstrava o desencanto da maturidade.
Ergueram os olhos ao mesmo tempo, para dar de cara com o Sr. Heathcliff. Talvez o senhor nunca tenha repara­do que os olhos de Hareton são precisamente iguais aos de Catherine Earnshaw. A atual Catherine não tem mais nada da mãe, exceto a largura da testa e um certo arqueamento do nariz, que a faz parecer altiva, a despeito da sua vontade. Em Hareton, a semelhança vai mais além ainda: naquele momento, então, era impressionante, talvez porque os seus sentidos estivessem alerta e as suas faculdades mentais des­pertas. Creio que foi essa semelhança que desarmou o Sr. Heathcliff: encaminhou-se para a lareira tomado de evi­dente agitação; mas, assim que olhou para o jovem, ela diminuiu ou, antes, modificou-se. Tirou-lhe o livro da mão, olhou para a página aberta e depois o devolveu a ele, sem qualquer comentário, apenas fazendo sinal a Catherine para que saísse. Seu primo não demorou a sair, também, e eu ia igualmente retirar-me, quando ele me pediu que ficasse.
— Que bela conclusão, não é? — observou, após meditar sobre a cena que acabava de testemunhar. — Que fim absurdo para os meus esforços! Emprego todos os meios para demolir as duas casas, trabalho como um Hér­cules e, quando tudo está pronto e nas minhas mãos, des­cubro que a vontade me abandonou por completo! Meus velhos inimigos não me derrotaram; agora seria a ocasião precisa para me vingar deles nos seus descendentes; podia fazê-lo; ninguém me pode deter. Mas para quê? Não me interessa a vingança, não quero ter o trabalho de levantar a mão! Parece até que trabalhei até aqui só para mostrar-me magnânimo, mas o caso é bem outro: perdi a faculdade de gozar com a destruição deles e sou demasiado pregui­çoso para destruir por destruir.
"Nelly, aproxima-se uma estranha mudança: estou presentemente à sua sombra. Interessa-me tão pouco a mi­nha vida cotidiana que mal me lembro de comer e de beber. Esses dois que acabam de sair da sala são a única coisa que ainda conserva uma aparência material defini­da aos meus olhos; e essa aparência causa-me dor, próxima da agonia. Sobre ela, não quero falar e nem sequer pensar, mas desejaria que ela fosse invisível: a sua presença só me suscita sensações enlouquecedoras. Ele tem um efeito diferente; e, contudo, se pudesse fazê-lo sem parecer doido, nunca mais o veria. Talvez você me ache à beira da lou­cura", acrescentou, esforçando-se por sorrir, "se eu lhe tentar descrever as mil associações e idéias que ele me desperta ou representa. Mas você não irá espalhar o que eu lhe disser; e a minha mente está sempre tão fechada em si mesma, que é para mim uma tentação abri-la para alguém.
"Há cinco minutos atrás, Hareton parecia uma encarnação da minha mocidade, e não um ser humano: os meus sentimentos em relação a ele foram, naquele momento, tão variados, que me seria impossível falar-lhe racional­mente. Em primeiro lugar, a sua impressionante semelhan­ça com Catherine faz com que ele se relacione terrivel­mente com ela. Porém essa relação, que você talvez pense ser a força máxima que excita a minha imaginação, é, na verdade, a força mínima, porque. . . o que é que, para mim, não se relaciona com ela? O que não me faz recor­dá-la? Não posso olhar para este chão sem que veja as suas feições recortadas nas lajes! Em todas as nuvens, em todas as árvores. . . enchendo o ar, à noite, e refletida em todos os objetos, durante o dia, eu vejo a sua imagem! Os rostos mais comuns de homens e mulheres, os meus próprios traços traem-me com uma semelhança. O mundo inteiro é um terrível álbum de recordações a provar que ela existiu e que eu a perdi! A figura de Hareton surgiu, diante dos meus olhos, como o fantasma do meu amor imortal, das minhas desesperadas tentativas de defender os meus direi­tos, da minha degradação, do meu orgulho, da minha feli­cidade e da minha angústia.
"Mas é loucura repetir-lhe estes meus pensamentos. Apenas lhe explicará por que razão, apesar da minha relu­tância em estar sempre só, a sua companhia não me bene­ficia, ao contrário, agrava os meus constantes tormentos e contribui, em parte, para que eu não me importe de que ele ande, agora, com a prima. Não posso mais prestar atenção neles."
— Mas que quer o senhor dizer com uma "mudança"? — perguntei, alarmada com a sua atitude, embora', na mi­nha opinião, não estivesse em risco de perder o juízo ou de morrer, antes, pelo contrário, me parecesse forte e sau­dável. Quanto à razão, desde a infância ele gostara de meditar sobre coisas estranhas e mórbidas. Talvez tivesse uma idéia fixa quanto à perda da sua amada; nas outras coisas, porém, era tão sensato quanto eu.
— Não posso saber ainda — respondeu ele. — Te­nho apenas uma vaga consciência dela, por enquanto.
— Mas não se sente doente, não é? — perguntei.
— Não, Nelly — disse ele.
— Nem teme a morte? — insisti.
— Eu, temê-la? Oh, não! — retrucou ele. — Não tenho nem medo, nem o pressentimento, nem a esperança da morte. Por que haveria de ter? Com a minha constitui­ção rija, o meu modo de vida sóbrio, as minhas ocupações sem perigo, deverei, provavelmente, permanecer sobre a terra até que não tenha mais um cabelo preto na cabeça. E, contudo, não posso continuar assim! Tenho de me lem­brar de respirar. . . quase de lembrar o meu coração de bater! E é como dobrar uma mola dura: é por compulsão que executo o mais simples ato não impelido por um único pensamento; e é por compulsão que reparo em qualquer coisa, viva ou morta, que não esteja ligada à minha única idéia. Só tenho um desejo e todo o meu ser e as minhas faculdades estão ansiosas por alcançá-lo. Há tanto tempo anseiam isso, e tão firmemente, que estou convencido de que ele será alcançado (e em breve) pois já devorou a minha existência: sinto-me tragado pela expectativa da sua realização. Minha confissão não me aliviou, mas pode explicar as (de outro modo inexplicáveis) alterações de humor que eu demonstro. Ó Deus! É uma longa luta; de­sejaria que estivesse terminada!
Começou a andar de um lado para outro e a murmu­rar coisas horríveis para si mesmo, a ponto de eu quase acreditar, como ele dizia que Joseph acreditava, que a consciência transformara o seu coração num inferno ter­reno. Fiquei pensando em como tudo aquilo acabaria. Embora ele raramente tivesse revelado este estado de es­pírito, eu não tinha dúvida de que era o seu estado habitual: ele próprio o confessara. Mas ninguém, ao vê-lo, teria suspeitado disso. O senhor, por exemplo, não suspeitou, Sr. Lockwood; e, no período de que lhe falo, ele era o mes­mo que antes — apenas mais amigo de estar só e talvez ainda mais lacônico quando em companhia de alguém.

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