terça-feira, 23 de agosto de 2011

A Mediadora - Crepúsculo, Meg Cabot, Cap 2

Ele tinha feito aquilo. Finalmente. Tipo, lá no fundo eu sempre soube que ele faria.
Você pensaria, que com tudo o que eu já passei, eu veria isso vindo. Eu não sou exatamente nova nisso. E não era como se não tivesse nenhum sinal lá.
Ainda, quando veio, parecia (alguma coisa) cortando alguma coisa azul clara.


-Então, onde é que você vai jantar antes do baile formal de inverno? -Kelly Prescott me perguntou no quarto período no laboratório de línguas. Ele nem mesmo esperou para ouvir qual seria a minha respostas. Porque Kelly não ligava para qual seria a minha resposta. Essa não era a idéia dela me perguntando em primeiro lugar.

-Paul vai me levar no Cliffside Inn - Kelly continuou. -Você conhece o Cliffside Inn, né Suze? No Big Sur?


-Ah claro - eu disse - Eu conheço.


Foi o que eu disse de qualquer jeito. Não é estranho como seu cérebro pode entrar em piloto automático? Tipo, como você pode estar dizendo uma coisa e estar pensando em outra completamente diferente? Porque quando a Kelly disse isso – sobre o Paul levando ela ao CI – a primeira coisa que eu pensei não foi ah claro eu conheço. Não chegou nem perto.

Meu primeiro pensamento foi mais perto de “O que? Kelly prescott? Paul Slater está levando a Kelly prescott pro baile de inverno formal?”
    Mas isso não foi o que eu disse em voz alta, graças a Deus. Quero dizer, considerando que Paul estava sentado só a algumas carteiras de distância, ouvindo o diálogo em seu sonsinho de fita. A última coisa que eu queria no mundo era ele pensando que, você sabe, eu estava puta que ele tinha convidado uma outra para o baile. Já foi ruim o suficiente ele ver que eu estava olhando na direção dele, que eu estava falando dele. Ele ergueu as sobrancelhas meio que falando: eu posso ajudar?


Foi quando eu vi que ele ainda estava com os fones de ouvido. Ele não tinha, eu percebi aliviada, ouvido o que Kelly tinha falado. Ele tinha estado ouvindo uma conversinha entre o Dominique e o Michel, nossos amiguinhos franceses.


-Ele tem 5 estrelas. - Kelly continuou - O CI que quero dizer.


-Legal - Eu disse desviando o olhar de Paul e indo sentar no meu lugar.

- Tenho certeza que os dois vão se divertir muito.


-Ah, sim.- Kelly disse. Ela jogou os cabelos louros-mel para trás para poder por de volta os fones de ouvido. Vai ser tão romântico. Então aonde você vai? Para jantar antes do baile quero dizer?


Ela sabia, é claro que ela sabia perfeitamente.
Mas ela ia me fazer dizer isso. Porque e assim que garotas como a Kelly são.


-Eu acho que eu não vou ao baile. - Eu disse, me sentando na minha cadeira atrás dela e pondo meus fones de ouvido.
Kelly olhou para mim por cima da mesa entre nos, seu belo rosto cheio de simpatia. Falsa simpatia é claro. Kelly prescott não liga para mim. Nem nenhuma outra pessoa além dela mesmo;


-Não vai? Oh, suze isso é terrível! Ninguém te convidou?
Eu só sorri em resposta. Sorri e tentei não sentir o olhar de Paul nas minhas costas.


-Isso é muito ruim - Kelly disse – E parece que o Brad também não vai poder ir porque a Debbie está doente. Ei, eu tenho uma idéia! - Kelly disse – Você e o Brad deviam ir ao baile juntos!


-Engraçado - eu disse sorrindo fracamente enquanto Kelly gargalhava com sua própria piada. Porque, você sabe, não tem nada mais patético do que uma garota sendo levada para o baile formal do ensino médio de inverno pelo próprio meio-irmão.


Exceto, talvez, ela não ser levado por ninguém.


Eu liguei o meu toca fitas. Dominique começou imediatamente a reclamar do seu dormitório para Michel. Eu estou certa de que Michel murmurou simpáticas respostas (ele sempre faz), mas eu não ouvi quais eram elas.

Porque isso não fazia nenhum sentido. O que tinha acabado de acontecer, quero dizer, como o Paul podia estar levando a Kelly para o baile formal de inverno quando, da ultima vez que eu chequei, eu era a única que ele estava atrás para um encontro, qualquer encontro? Não que eu tenha estado completamente obcecada com isso, mas eu tinha que poder jogar um ossinho ocasional para o cachorrinho, para impedi-lo de fazer com o que meu namorado o que ele tinha feito com a Sra. Gutierrez.


Espera um minuto. Era isso que estava acontecendo? Paul tinha finalmente se cansado de andar com uma garota que ele tem que chatear para passar um tempo com ele?
Bem, é bom, certo? Quero dizer, se a Kelly o queria, ela podia tê-lo.
O único problema era, eu estava tendo dificuldades tentando não lembrar como o corpo de Paul tinha sentido contra o meu naquela noite no terreno dos Gutierrez. Porque tinha sentido legal, seu peso, seu calor, esquecendo do meu medo. Tinha sido bom mesmo.
Sensação certa...Cara errado.


Mas o cara certo? É, ele não é realmente do tipo: joga a garota na grama. E calor? Ele não tinha emanado nenhum calor nos últimos 150 anos.


O que não era culpa dele. A coisa do calor, quero dizer. Jesse não podia melhorar em nada com essa coisa de estar morto, assim como Paul não podia melhorar sendo...Bem...Paul.


Ainda, este convidando-a-Kelly-em-vez-de-mim-para-o-baile...Tava me deixando louca. Eu tinha estado me preparando para o seu convite – e imaginando a sua reação quando eu recusasse – durante semanas. Eu até pensei que estava começando a pegar o gingado da nossa relação como se fosse um jogo de tênis no hotel em que nos conhecemos verão passado.
A não ser que agora parecia que o Paul tinha mandado uma bola na minha quadra que eu nunca seria capaz de responder.
Sobre o que era tudo isso?
Essas palavras voaram em frente aos meus olhos num pedaço de papel de um caderno, e estavam sendo sacudidas para mim do topo do biombo de madeira separando o meu “curral” do outro em frente. Eu tirei o papel dos dedos que o estavam segurando e escrevi: Paul convidou a Kelly para o baile. depois devolvi o papel para a pessoa.
Uns segundos depois o papel voltou a aparecer na minha mesa:
Eu achei que ele ia te convidar!, minha melhor amiga Cee Cee, escreveu.
Acho que não, escrevi em resposta.Bem, está bom assim né?, foi a resposta de Cee Cee. Você não queria mesmo ir com ele. Quero dizer, e o jesse?

Mas era só isso. E o Jesse? Se o Paul tivesse me convidado para o baile de inverno, e eu tivesse respondido com muito pouco entusiasmo, ele mandaria uma daquelas ameaças assombrosas sobre o jesse – a mais nova, na verdade, sobre ele aparentemente ter aprendido um jeito de impedir que os mortos morram em primeiro lugar...Seja lá o que isso signifique.
E ainda hoje, ele tinha convidado uma outra pessoa para o baile com ele em vez de mim. Não só uma outra pessoa, nem isso, mas Kelly Prescott, a mais bela, mais popular garota da escola...Mas também uma pessoa que eu sei que ele evita


Tinha alguma coisa errada com tudo isso...E não era apenas que eu estava tentando reservar todos os meus bailes para um cara que tem estado morto desde 1850.
Mas eu não mencionei isso para Cee Cee. Melhor amiga ou não, uma garota de 16 anos – mesmo uma garota de 16 anos Albina com uma tia vidente – pode entender.Sim, ela sabia do jesse. Mas Paul? Eu não tinha mencionado uma palavra.


E eu queria que continuasse assim.
Eu olhei em volta para ter certeza que a irmã Marie Rose, nossa professora de francês, não estava olhando antes deu jogar o bilhete de volta pra Cee Cee, e em vez, vi padre Dominic acenando para mim da porta do laboratório.
Eu tirei meus fones de ouvido sem me sentir realmente arrependida – a conversinha de Michel e Dominic era bem insuportável – e me apressei até a porta. Eu senti, mais do que vi, que um certo olhar estava em mim.
Eu não o daria, de jeito nenhum, a satisfação de olhar de volta.


-Suzannah - disse o padre Dominique quando eu saí pelo porte em direção a um dos corredores como brisa que ligam as Sales na academia da Missão Junípero Serra -Fico feliz que consegui te encontrar antes de eu ir embora.


-Ir embora? - foi quando eu notei que o padre D. estava carregando uma mala e uma expressão extremamente ansiosa - Aonde você está indo?
-São Francisco. - O rosto do padre D. estava quase tão branco quanto seu cabelo. - Eu temo que uma coisa horrível acontecerá.
Eu levantei minhas sobrancelhas:
-Terremoto?     
- Não exatamente. - Padre D. puxou seus óclinhos para cima até estarem no topo de seu nariz aquilino enquanto ele olhava baixo para mim - É o monsenhor. Teve um acidente e ele está em coma.


Eu tentei parecer calidamente triste, mesmo que a verdade seja que, eu nunca nem liguei pro monsenhor. Ela está sempre ficando aborrecido com as coisas que não importam – tipo meninas que usam mini-saia pra ir ao colégio. Mas ele nunca se importa com coisas que realmente são importantes, tipo como os cachorros-quentes que eles vendem no almoço estão sempre frios como pedra.


-Nossa - eu disse - Como que aconteceu? Acidente de carro?
Padre D. limpou a garganta – É, não, ele, hum...Engasgou.


-Alguém o estrangulou? - eu perguntei esperançosa.


-Claro que não. Por favor, Suzannah - Padre Dom falou pra mim - Ele se engasgou com um pedaço de cachorro quente numa carrocinha na rua.
Eba! Justiça poética! Eu não disse em voz alta já que eu sabia que o padre Dom não ia aprovar.


Em vez, eu disse:
-Que pena. Então, por quanto tempo você vai ficar fora?

-Não faço idéia - padre Dom disse parecendo arrasado. - Isso não podia ter acontecido num momento pior, com a audição desse final de semana.

A academia da missão é incessante com seus esforços para levantar fundos. Neste final de semana seria o leilão dos antiquários. Chegaram doações durante toda a semana que estiveram sendo guardadas no porão da reitoria. Uma das coisas mais interessantes recebidas foram um tabuleiro de ouija da virada do século (presente da tia da Cee Cee) e um cinto de prata pra arma – estimado ela sociedade histórica de Carmel como tendo uns 150 anos – descoberto pelo meu meio-irmão, Brad (dunga) , enquanto ele limpava o sótão, como punição por alguma coisa que ele tinha feito e que eu não me lembro mais.


-Mas eu queria ter certeza de que você sabia onde eu estava. - Padre D. tirou um celular de seu bolso. - é para você me ligar se alguma coisa fora do normal acontecer, certo suzannah? O número é...


-Eu sei o numero padre D. - eu lembrei á ele. O celular do padre D. era novo, mas não tão novo assim. Posso dizer que é um saco que o padre Dominic, que nunca quis um – nem faz a menor idéia de como usar um – tenha um celular e eu não? - e por fora do comum você quis dizer algo como o Brad conseguindo uma nota passável em trigonometria ou algo mais sobrenatural? Tipo manifestações ectoplasmáticas na basílica?

-O último - padre D. disse colocando o celular no bolso de novo. –eu espero não ficar longe por mais de um ou dois dias, Suzannah, mas eu estou perfeitamente ciente que no passado você não precisou de mais de um ou dois dias para se meter em perigo mortal. Então educadamente, enquanto eu estou fora tente exercitar sua capacidade de ficar longe de problemas. Eu não ligo para voltar pra casa a não ser que tenha outra parte da escola em pedaços como festa de boas vindas. E se você puder certifique-se de que Spike tem comida suficiente.
-Nananinanão - eu disse me afastando. Essa era a primeira vez que minhas mãos estavam livres de arranhados de gato, e eu queria que continuasse assim. - aquele gato é sua responsabilidade, não minha!


-E o que você quer que eu faça, Suzannah? - o padre D. pareceu frustrado. - Pediar á irmã Enerstine dar uma olhadinha nele de meia em meia hora? Nem devia ter bichinhos na reitoria. Graças as suas terríveis alergias. Eu tive que aprender a dormir com a janela aberta para aquele animal entre e saia quando bem quiser sem incomodar nenhuma das noviças.


-Tá bom - eu o interrompi sem educação. - eu vou dar uma de babá depois da escola. Alguma outra coisa?


Padre D. tirou uma enorme lista de seu bolso.


-Ah. - ele disse depois de dar uma olhada na lista. - E o funeral dos Gutierrez. Já tomei conta de tudo. E eu os coloquei na nossa lista de ajuda como você pediu.


-Valeu padre D. - eu disse discretamente olhando para longe pelas colunas do corredor no caminho da sala de aula. De volta ao brooklyn, onde eu cresci, novembro significada a morte de toda a flora. Aqui na Califórnia – E olha que aqui é o norte da Califórnia – tudo que novembro aparentemente significa é que os turistas que visitam a Missão usam calças corsária em vez de shorts, e os surfistas trocam as blusas térmicas sem maga pelas com manga. Plantinhas coloridas ainda enfeitam os canteiros da missão, e quando somos liberados para o almoço podemos ficar em baixo dos raios do sol.


Mesmo com a temperatura nos 30 graus, eu tremi... E não só porque eu estava parada na brisa fria do corredor. Não, era um frio que vinha de dentro que tava me deixando arrepiada. Porque, mesmo com a missão sendo tão linda com as suas belas flores e jardins, atrás deles espiava uma coisa negra e assombrosa, como...
Bem, como Paul.


Era verdade. O cara tinha a habilidade de tornar o dia mais quente frio. Ou pelo menos no que tinha a ver comigo. Mas como o padre D. tinha sentido o mesmo eu não sabia. Mas eu meio que duvidava disso. Depois de sua entrada de estrela do rock na escola, Paul não teve muito contato com o diretor tanto quanto eu tive. O que, vendo que todos os três são mediadores, é um pouco estranho.


Mas Paul e padre D. parecem preferir isso assim, cada um preferindo manter sua distancia, comigo como mensageiro quando comunicação é extremamente necessária. Isso era em parte porque (vamos encarar) eles são caras. Mas era também porque o comportamento de Paul, na escola pelo menos – melhorou consideravelmente, e não tinha razão para ele ser mandado para a sala do diretor. Paul se tornou um aluno exemplar, tendo notas impressionantes e até sendo indicado capitão do time masculino de tênis.


Se eu não tivesse visto por mim mesma eu não teria creditado, mas lá estava, obviamente Paul preferia deixar o padre D. no escuro sobre suas atividades depois da escola, sabendo que o padre dificilmente as aprovaria.


Pegue o incidente dos Gutierrez, por exemplo. Um fantasma veio a nós procurando ajuda, e Paul, em vez de fazer a coisa certa, tinha terminado roubando dois mil dólares dela. Isso não seria uma coisa que o padre D. deixaria passar em branco, se ele soubesse.
Só que ele não sabia, padre D. quero dizer. Porque o Paul não ia contar, e, francamente, eu também não. Porque se eu contasse – se eu contasse ao padre D. qualquer coisa que possa fazer Paul parecer menos com o aluno CDF que ele fingia ser – o que aconteceu com a senhora Gutierrez aconteceria com o meu namorado.


Ou, você sabe, o cara que deveria ser meu namorado, se ele não estivesse morto.
Paul me tinha exatamente onde ele queria. Bem, talvez não exatamente onde ele queria, mas bem perto.
Foi por isso que eu tive que tentar alguma coisa para ajudar os Gutierrez, que foram roubados sem nem mesmo saber disso. Eu não podia ir a policia, claro (bem, você sabe senhor oficial, o fantasma da senhora Gutierrez me disse que o dinheiro estava enterrado embaixo de uma pedra no seu pomar, mas quando eu cheguei lá, eu descobri que outro mediador o tinha pegado... O que é um mediador, que você perguntou? Ah, uma pessoa que age como uma ponte entre os mortos e os vivos. Ei espera um segundo... O que é que você está fazendo com essa camisa de força?).


Em vez disso, eu coloquei o nome Gutierrez na lista de necessitados da academia da missão, que assegurou um funeral decente para a senhora Gutierrez e dinheiro suficiente para que seus amados pagassem algumas de suas dívidas. Não eram dois mil dólares com certeza mas...


-Enquanto eu estiver fora Suzannah.


Eu comecei a prestar atenção no que o padre D. tava falando um pouco tarde demais. E eu não podia perguntar o que ele tava falando. Porque ai ele ia querer saber no que eu estava pensando em vez de prestar atenção no que ele falava.


-Você promete suzannah?


o padre D. olhou para mim com aqueles olhos azuis. O que mais eu podia fazer além de concordar e sorrir?


-Claro padre D. - eu disse sem ter a menor idéia do que estava prometendo.


- Que bom, eu preciso dizer que isso me faz sentir melhor -ele disse, e era verdade que seus ombros pareciam ter perdido um pouco da tensa rigidez com que ele os segurava enquanto falava. - Eu sei que posso confiar em vocês dois. Mas é que...Bem, eu iria odiar se vocês fizessem alguma coisa...É, estúpida na minha saída. Tentações são difíceis para qualquer um resistir, particularmente os jovens, que não consideram totalmente as conseqüências de seus atos.
Oh. Agora eu sabia do que ele tava falando.


-Mas para você e Jesse - Padre D. continuou - Existiriam conseqüências de catastrófica repercussão se acontecesse de vocês dois...É...

-Nós entregaremos a nossa insaciável luxúria um pelo outro? - eu sugeri quando ele não continuou.
Padre D. me olhou infeliz.


-Estou falando sério Suzannah - ele disse. Jesse não pertence a este mundo. Com alguma sorte ele não vai continuar por aqui muito tempo. Quanto mais profundo for a relação de vocês dois, mais difícil será de dizer adeus. Porque você vai ter que dizer adeus algum dia, Suzannah. Você não pode desafiar a ordem natural das...


blah blah blah. Os lábios do padre D. estavam se mexendo, mas eu não estava prestando atenção. Eu não precisava ouvir aquilo de novo. Então as coisas não tinham dado certo para o padre D. e a menina fantasma por quem ele se apaixonou, de volta na idade média. Isso não significava que Jesse e eu seguiríamos o mesmo curso. Especialmente contando com o que eu descobri com o Paul que parece saber muito mais sobre mediadores que o padre D. sobre ser um mediador...
...Particularmente o pequeno pedaço que mediadores podem trazer os mortos de volta à vida.


Mas tinha uma coisa complicada: Você precisaria de um corpo vazio para por a alma sem corpo. E corpos não são uma coisa que eu estou acostumada a encontrar por ai. Nem ninguém que tope se sacrificar para que uma outra alma ocupe o corpo.


 -Pode ter certeza padre D. - quando seu discurso finalmente terminou. - Bem, se divirta bastante em São Francisco.


Padre D. me olhou curioso. Acho que as pessoas que estão indo a São Francisco visitar monsenhores em coma, não têm exatamente muito tempo para fazer turismo, tipo visitar a Golden Gate, Chinatown e essas coisas.


-Obrigado suzannah - ele disse. Depois ele me olhou com um olhar cheio de significado - Comporte-se bem.


-E eu faço alguma coisa além? - eu perguntei surpresa.


Ele andou para longe, balançando a cabeça, sem nem se preocupar em responder.

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