segunda-feira, 22 de agosto de 2011

A Mediadora - Assombrado, Meg Cabot - Cap 11

Jesse estava ao lado da banheira olhando meus pés. Eu havia tirado toda a água suja e enchido a banheira de novo para enfiá-los dentro, de modo que era bem fácil ver as bolhas furiosas através da água transparente.
- Sapatos novos – falei. Era toda a explicação em que eu podia pensar no momento. O fato de que tivera de fugir descalça de um predador sexual não parecia o tipo de coisa que cairia bem com Jesse. Quero dizer, eu não queria exatamente ser motivo de duelos, ou coisa do tipo.
É, é, eu sei: eu queria.
Mesmo assim, ele tinha me chamado de hermosa de novo.
Isso tinha de significar alguma coisa, não é?
Só que Jesse provavelmente chamava as irmãs de hermosa. Talvez até a mãe.
- Você fez isso consigo mesma de propósito? - Jesse estava olhando meus pés numa descrença absoluta.
- Bem. Não exatamente. - Só que em vez de lhe contar sobre Paul e nossos beijos clandestinos em sua colcha cinza-escura, falei a uns cem quilômetros por minuto: - É só que eram sapatos novos, e me deram bolhas, e então ... e então eu perdi a carona para casa, e tive de andar, e os pés doíam tanto que eu tirei os sapatos, e acho que a calçada estava quente por causa do sol, já que queimou a sola dos pés ...
Jesse ficou sério. Sentou-se na borda da banheira ao meu lado e disse:
- Deixe-me ver.
Eu não queria mostrar meus pés terrivelmente desfigurados ao cara por quem estava loucamente apaixonada desde o dia em que o conheci. Especialmente não queria que ele os visse, considerando que ele não sabia que eu os tinha queimado num esforço de me afastar de um cara com quem não deveria estar.
Por outro lado, a gente deveria poder ir à casa dos garotos sem que eles pulassem em cima, beijassem a gente e fizessem com que a gente tivesse vontade de retribuir o beijo. Tudo era meio complicado, até para mim, e eu sou uma jovem moderna com sensibilidades do século XXI. Só Deus sabia o que um fazendeiro de 1850 acharia disso tudo.
Mas pude ver, pela expressão de Jesse, que ele não iria me deixar em paz enquanto eu não lhe mostrasse meus pés estúpidos. Por isso falei, revirando os olhos:
- Quer ver? Ótimo. Pode desmaiar.
E tirei o pé direito da água e mostrei.
Eu esperava no mínimo alguma expressão de nojo. Tinha certeza de que logo em seguida viria uma bronca pela estupidez - como se eu não me sentisse suficientemente idiota.
Mas, para minha surpresa, Jesse não me deu uma bronca nem pareceu enojado. Simplesmente examinou meu pé com o que eu descreveria como um distanciamento quase clínico. Quando terminou de olhar o pé direito, falou:
- Deixe-me ver o outro.
Por isso eu pus o direito de volta na água e tirei o esquerdo.
De novo nada de nojo nem um grito do tipo "Suze, como você pode ser tão estúpida?" O que não era muito surpreendente, já que Jesse nunca me chama de Suze. Em vez disso examinou o pé esquerdo tão cuidadosamente como tinha feito com o direito. Ao terminar, inclinou-se para trás e disse:
- Bem, eu já vi coisa pior ... mas pouco pior.
Fiquei chocada.
- Você já viu pés piores do que isso? - exclamei. - Onde?
- Eu tinha irmãs, lembra? - disse ele, com os olhos escuros iluminados com alguma coisa. Eu não chamaria de diversão, porque, claro, meus pés não eram motivo de riso. Jesse não ousaria rir deles ... ousaria? - De vez em quando elas ganhavam sapatos novos, com resultados semelhantes.
- Eu nunca vou andar de novo, vou? - perguntei, olhando espantada para os pés devastados.
- Vai. Só que não por um ou dois dias. Essas queimaduras parecem muito dolorosas. Vão precisar de manteiga.
- Manteiga? - Franzi o nariz.
- O melhor tratamento para queimaduras assim é manteiga.
- Argh – falei. - Talvez em 1850. Agora nós contamos com o poder curativo do Neosporin. Há um tubo disso no meu armário de remédios, atrás de você.
Então Jesse aplicou Neosporin em meus ferimentos. Quando terminou de colocar as bandagens nos pés - que, devo dizer, ficaram muito atraentes com uns 68 band-aids - eu tentei me levantar.
Mas não por muito tempo. Não doía, exatamente. Era só que a sensação era estranha, como se eu estivesse andando sobre cogumelos ...
Cogumelos que cresciam nas solas dos meus pés.
- Já chega - disse Jesse. Quando notei, ele havia me pegado no colo.
Só que em vez de me carregar até a cama e me acomodar nela romanticamente, você sabe, como os caras fazem com as garotas nos filmes, ele simplesmente me largou nela, por isso eu ricocheteei e teria caído se não agarrasse a borda do colchão.
- Obrigada - falei, não conseguindo afastar o sarcasmo da voz.
Jesse pareceu não notar.
- Sem problema - disse ele. - Quer um livro ou alguma outra coisa? Seu dever de casa? Ou eu poderia ler para você ...
Ele levantou a Teoria crítica desde Platão.
- Não - falei apressadamente. - O dever de casa serve. Só me entregue a sacola de livros, obrigada.
Eu estava profundamente absorvida na redação sobre a Guerra Civil- ou pelo menos era o que fingia estar fazendo. O que fazia de verdade, claro, era tentar não pensar em Jesse, que estava lendo no banco perto da janela.
Eu imaginava como seria se ele me desse uns dois beijos como os de Paul. Quero dizer, se a gente pensasse bem, eu estava numa posição bem interessante, considerando que não podia andar. Quantos caras teriam adorado ter uma garota basicamente presa no quarto? Um monte. Menos Jesse, claro. Finalmente Andy me chamou para o jantar.
Mas eu não iria a lugar nenhum. Não porque queria ficar olhando Jesse ler mais um pouco, mas porque realmente não podia ficar de pé. Finalmente David subiu para ver por que eu estava demorando tanto. Assim que viu os band-aids, desceu a escada correndo para chamar minha mãe.
Preciso dizer que minha mãe foi bem menos compreensiva do que Jesse? Disse que eu merecia cada bolha, por ser tão imbecil a ponto de usar sapatos novos para ir a escola sem antes amaciá-los.
Depois andou pelo meu quarto, arrumando-o (se bem que desde que arranjei um colega de quarto do tipo quente e latino, eu me tornei bastante consciente quanto a manter o quarto em condições bastante boas. Quero dizer, eu não quero exatamente que Jesse veja nenhum dos meus sutiãs caídos por aí. E para dizer a verdade, ele é que vivia desarrumando as coisas, deixando aquelas enormes pilhas de livros e caixas de CDs abertos em toda parte. E, claro, havia Spike).
- Honestamente, Suzinha - disse mamãe, franzindo o nariz ao ver o enorme gato laranja esparramado no banco da janela. - Esse gato ...
Jesse, que educadamente tinha se desmaterializado quando mamãe apareceu, para me permitir alguma privacidade, ficaria muito perturbado ao ver seu bicho de estimação depreciado daquele jeito.
- Como vai a paciente? - quis saber Andy, aparecendo na porta com uma bandeja contendo salmão grelhado com endro e creme frafche, sopa de pepino fria e pão de fermento azedo assado na hora. Sabe, por mais que eu tivesse ficado infeliz com a perspectiva de mamãe se casar e me obrigar a mudar para o outro lado do país e adquirir três meios-irmãos, eu tinha de admitir que a comida fazia tudo valer a pena.
Bem, a comida e Jesse. Pelo menos até recentemente.
- Ela definitivamente não vai poder ir à escola amanhã - disse mamãe, balançando a cabeça desanimada diante da visão dos meus pés. - Quero dizer, olha só, Andy. Você acha que vamos ter de levá-la ... não sei... à uma clínica?
Andy se curvou e olhou meus pés.
- Não sei se eles poderiam fazer mais alguma coisa - disse ele, admirando o admirável trabalho de Jesse com as bandagens. - Parece que ela se cuidou muito bem.
- Sabe do que eu provavelmente preciso de verdade? - falei - De umas revistas, umas seis Diet Cokes e um daqueles chocolates bem grandes.
- Não pressione, moça - disse minha mãe com severidade. - Você não vai ficar de preguiça na cama amanhã o dia inteiro como uma bailarina machucada. Vou ligar para o Sr. Walden esta noite e me certificar de que ele mande todo o seu dever de casa. E tenho de dizer, Suze, que estou muito desapontada. Você é velha demais para esse tipo de absurdo. Poderia ter ligado para mim no trabalho, você sabe. Eu teria ido buscá-la.
Ah, é. E então ela descobriria que eu não estava andando da escola para casa, como disse a todo mundo, mas da casa de um cara que tinha um Hell's Angel morto trabalhando para ele e que, sim, tinha tomado atitudes para cima de mim com o avô babando no quarto ao lado. Atitudes as quais, pelo menos até certo ponto, eu tinha sido recíproca.
Não, obrigada.
Entreouvi Andy, enquanto os dois saiam do meu quarto, dizer baixinho a mamãe:
- Você não acha que pegou meio pesado com ela? Acho que ela aprendeu uma lição.
Mas mamãe não respondeu a Andy baixinho. Não, ela queria que eu ouvisse:
- Não, não acho que peguei pesado com ela. Ela vai para a faculdade daqui a dois anos, Andy, e vai morar sozinha. Se este é um exemplo do tipo de decisões que ela vai tomar, estremeço só de pensar o que vem por aí. De fato acho que devemos cancelar nossos planos de sair na noite de sexta-feira.
- Nem pensar - ouvi Andy falando muito enfaticamente na base da escada.
-Mas ...
- Nada de mas. Nós vamos.
E então não pude ouvir mais.
Jesse, que tinha se rematerializado no fim disso tudo, estava com um sorrisinho no rosto, tendo claramente ouvido.
- Não é engraçado - falei, azeda.
- É um pouco engraçado.
- Não. Não é.
- Acho que está na hora de um pouco de leitura em voz alta - disse Jesse abrindo o livro que o padre Dom tinha emprestado.
- Não - gemi. - Teoria crítica desde Platão, não. Por favor, eu imploro. Não e justo. Eu nem posso fugir para longe.
- Eu sei - disse Jesse com um brilho nos olhos. - Finalmente eu tenho você onde quero ...
Tenho de admitir que minha respiração meio que ficou presa na garganta quando ele disse isso.
Mas claro que ele não queria dizer o que eu queria que ele quisesse dizer. Só quis dizer que agora poderia ler seu livro estúpido em voz alta, e eu não teria como escapar.
- Ha-ha - falei em voz marota, para encobrir o fato de que achava que ele queria dizer outra coisa.
Então Jesse levantou um exemplar da Cosmopolitan que ele tinha escondido entre as páginas da Teoria crítica desde Platão. Enquanto eu o olhava embasbacada, ele disse:
- Peguei emprestada no quarto da sua mãe. Ela não vai sentir falta durante um tempo.
Em seguida jogou a revista na minha cama.
Quase engasguei. Quero dizer, foi a coisa mais legal - a mais legal - que alguém me fazia há séculos. E o fato de que Jesse - Jesse, que eu tinha me convencido de que me odiava - havia feito isso me deixou positivamente de quatro. Seria possível que ele não me odiasse? Quero dizer, eu sei que Jesse gosta de mim. Por que outro motivo ele viveria salvando minha vida e coisa e tal? Mas era possível que gostasse de mim daquele modo especial? Ou só estava sendo gentil porque eu tinha me machucado?
Não importava. Pelo menos naquela hora. O fato de Jesse não estar me ignorando, para variar - qualquer que fosse o motivo - era o que importava.
Toda feliz, comecei a ler uma matéria sobre sete modos de agradar a um homem, e nem me importei de não ter um - quero dizer, um homem. Porque finalmente parecia que, independentemente de qualquer esquisitice que tivesse existido entre Jesse e mim desde o dia daquele beijo - aquele beijo breve demais, aquele beijo de despedaçar os sentidos - ela estava indo embora. Talvez agora as coisas voltassem ao normal.Talvez agora ele começasse a perceber como tinha sido estúpido. Talvez agora ele finalmente pusesse na cabeça que precisava de mim. Mais do que precisava. Me queria.
Tanto quanto, agora eu sabia sem qualquer dúvida, Paul Slater.
Ei, uma garota pode sonhar, não pode?
E foi exatamente isso que eu fiz. Durante 18 horas abençoadas sonhei com uma vida onde o cara de quem eu gostava também gostava de mim. Tirei da cabeça todos os pensamentos sobre mediação - deslocamento e transferência de alma, Paul Slater e o padre Dominic, Craig e Neil Jankow. A última parte era fácil - eu pedi a Jesse para ficar de olho em Craig para mim, e ele concordou de boa vontade.
E não vou mentir: foi ótimo. Nenhum pesadelo onde eu era perseguida em corredores compridos e cheios de névoa em direção à uma queda sem fundo. E, não foi como naqueles antigos dias pré-beijo, mas chegou perto. Mais ou menos. Até o dia seguinte, quando o telefone tocou.
Atendi, e a voz de Cee Cee guinchou para mim, alta o bastante para eu ter de segurar o fone longe da cabeça:
- Não posso acreditar que você decidiu tirar o dia de folga - arengou Cee Cee. - Logo hoje! Como você pode, Suze? A gente tinha tanta coisa da campanha para fazer!
Demorei alguns segundos até perceber do que ela estava falando. Depois disse:
- Ah, você quer dizer, a eleição? Cee Cee, olha, eu ...
- Puxa, você deveria ver o que Kelly está fazendo. Está distribuindo chocolate. Chocolate! Com Vote em Prescott/ Slater no papel de embrulho! Certo? E o que você está fazendo? Ah, está de preguiça na cama porque os pés estão doendo, se o que o seu irmão disse é verdade.
- Meio-irmão – corrigi.
- Tanto faz. Suze, você não pode fazer isso comigo. Não me importa o que você faça, calce pantufas de coelhinho se quiser, mas venha aqui e seja charmosa como sempre.
- Cee Cee – falei. Era meio difícil me concentrar porque Jesse estava perto. Não somente perto, mas me tocando. E, tudo bem, apenas trocando os band-aids nos meus pés, mas mesmo assim me distraía. - Olha, eu tenho certeza de que não quero ser vice-presidente ...
Mas Cee Cee não queria ouvir.
- Suze - gritou ela no celular de Adam. Eu sabia que ela estava usando o celular de Adam e que estava no intervalo do almoço, porque podia ouvir o som de gaivotas gritando; as gaivotas vão em bandos para o pátio da escola durante o almoço, esperando agarrar alguma batata frita. E também pude ouvir Adam ao fundo, animando-a. - Já é suficientemente ruim que Kelly Cérebro-de-Laquê Prescott seja eleita presidente de nossa turma todo ano. Mas pelo menos quando você foi eleita vice-presidente no ano passado houve algum fiapo de dignidade no cargo. Mas se aquele garoto rico de olhos azuis for eleito ... puxa, ele não passa de um peão da Kelly! Ele não se importa! Vai fazer o que Kelly mandar.
Cee Cee tinha acertado uma coisa: Paul não se importava. Pelo menos não com a turma na Academia da Missão Junipero Serra. Eu não sabia o que, exatamente, importava a Paul, já que certamente não era sua família ou o trabalho como mediador. Mas uma coisa que ele definitivamente não iria fazer era levar a sério o cargo de vice-presidente.
- Escute, Cee Cee. Eu sinto muito. Mas ferrei mesmo os meus pés e realmente não posso andar. Talvez amanhã.
- Amanhã? - guinchou Cee Cee. - A eleição é na sexta! A gente só vai ter um dia de campanha!
- Bem, talvez você pudesse concorrer no meu lugar.
- Eu? - Cee Cee pareceu enojada. - Em primeiro lugar, eu não fui devidamente indicada. E, segundo, eu nunca vou mudar o voto masculino. Puxa, encaremos os fatos, Suze. Você é que tem beleza e cérebro. Você é a Reese Witherspoon da nossa turma. Eu sou mais tipo ... Dick Cheney.
- Cee Cee, você está se subestimando muito. Você ...
- Sabe de uma coisa? - A voz de Cee Cee saiu amarga. - Esquece. Eu não me importo. Não me importo com o que acontecer. Deixe Paul Slater "Olha-só-meu-BMW-novo" ser o vice-presidente da nossa turma. Eu desisto.
Ela teria batido o fone se estivesse segurando um aparelho normal. Mas só pôde desligar na minha cara. Tive de dizer olá mais algumas vezes, só para ter certeza, mas quando ninguém respondeu, eu soube.
- Foi o que pareceu - disse Jesse. - Quem é essa pessoa nova, que está concorrendo com você, que ela tem tanto medo de que vença?
E ali estava. A pergunta direta. A pergunta direta, cuja resposta sincera seria: "Paul Slater." Se eu não respondesse assim - dizendo "Paul Slater" -, realmente estaria mentindo para Jesse. Tudo que eu tinha lhe dito ultimamente eram meias-verdades, ou talvez mentirinhas.
Mas esta ... Esta era a que mais tarde, se ele descobrisse a verdade, iria me ferrar.
Na hora, claro, eu não sabia que mais tarde seria três horas depois. Só tinha presumido que mais tarde seria, você sabe, semana que vem, no mínimo. Talvez até mês que vem. Quando eu já teria pensado numa solução adequada para o problema de Paul Slater.
Mas como achei que tinha tempo suficiente para resolver a coisa antes que Jesse ficasse sabendo, falei, em resposta à pergunta:
- Ah, é só um cara novo.
O que teria funcionado bem se, algumas horas depois, David não tivesse batido na porta do meu quarto e dito: - Suze? Chegou uma coisa para você.
-Ah, entre.
David abriu minha porta, mas eu não pude vê-lo. Só podia ver, de onde estava na cama, um gigantesco buquê de rosas vermelhas. Quero dizer, devia ter pelo menos duas dúzias.
- Oba! - falei, levantando-me depressa. Porque mesmo naquela hora não fiz a mínima idéia. Pensei que Andy tinha mandado.
- É - disse David. Eu ainda não conseguia ver seu rosto, porque estava bloqueado por todas as flores. - Onde devo colocar?
- Ah - falei espiando Jesse, que estava olhando as flores quase tão perplexo quanta eu. - No banco da janela está bom.
David baixou cuidadosamente as flores - que tinham vindo até com um vaso - no banco da janela, empurrando algumas almofadas para o lado para abrir lugar. Depois, assim que as deixou numa posição estável, empertigou-se e disse, pegando um papel branco nas folhas verdes.
- Aqui esta o cartão.
- Obrigada - falei, abrindo o envelope minúsculo.
Fique boa logo! Com arnor. de Andy, era o que eu esperava que estivesse escrito.
Ou Sentimos falta de você. Da turma do primeiro ano da Academia da Missão Junipero Serra.
Ou mesmo Você é uma garota muito tola. Do padre Dominic. Mas o que estava escrito me chocou completamente.
Ainda mais porque, claro, Jesse estava suficientemente perto para ler por cima do meu ombro. E até mesmo David, parado do outro lado do quarto, não tinha como não ler a letra grande e preta:
Desculpe, Suze. Com amor, Paul.

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