quarta-feira, 6 de julho de 2011

Férias!! - MARIAN KEYES Cap.20


Domingo. Dia de visitas!
Mas não para mim. Adoraria ter algum contato com o mundo exterior.
Ficaria feliz até mesmo de ver minha mãe. Mas ainda não se passara a semana
exigida, embora já me sentisse como se estivesse lá há muitos anos.
A primeira coisa em que pensei, quando fui acordada pela lanterna de
Monica, foi Luke. Atormentava-me pensando no que ele poderia ter aprontado na
noite anterior. E poderia ainda estar aprontando. Afinal, eram apenas três da
madrugada onde ele estava. A noite de sábado ainda era uma criança.
Queria telefonar para ele. A vontade era tanta que beirava o
insuportável. Mas, provavelmente, ele ainda nem tinha chegado em casa. A
menos que estivesse na cama com alguém. Talvez esteja na cama com uma
garota agora mesmo, pensei, desesperada. Talvez, neste exato instante, esteja
tendo um orgasmo com outra mulher. Compreendi que é assim que as pessoas
enlouquecem. E que eu realmente acabaria precisando ir para um hospício, se
não abrisse o olho.
Decidi que tinha que falar com ele. E, para tanto, teria que telefonar
para ele. Mas, após rápidas contas, compreendi que teria que esperar até pelo
menos as três da madrugada, quando então seriam nove da manhã em Nova
York. Ah, por que não posso telefonar agora? Porra de fuso horário! Amargurada,
amaldiçoei a curvatura da Terra.
No fundo, sabia que dez da manhã de domingo era cedo demais.
Provavelmente, vários dias cedo demais. Mas não me importava. Daria para o
gasto.
Depois do café da manhã, Chaquie se envolveu em preparativos
frenéticos para a chegada de Dermot. Para minha surpresa, pediu-me que a
ajudasse a escolher o que vestir. Isso me comoveu tanto, que esqueci que a
detestava.
E fiquei extremamente grata por ter alguma coisa para fazer. Não
parava de pensar em Luke, mas a ocupação reduziu o sofrimento a uma espécie
de dor subliminar. Não era tão mau assim, apenas onipresente.
Chaquie espalhou seu guarda-roupa inteiro pelo quarto minúsculo. O
que me lembrou da necessidade urgente de lhe perguntar se por acaso se
incomodaria em ceder espaço para algumas de minhas roupas, que ainda
estavam dentro da mala, no chão.
— O que você acha, Rachel? — perguntou. — O tailleur Jaeger com o
lenço Hermes?
— Er, talvez alguma coisa um pouco menos formal — sugeri, pisando
em ovos. — Você tem uma calça Jeans?
— JEANS! — Ela soltou uma gargalhada. — Pelo Sagrado Coração!
Claro que não! Durm't morreria se me visse de calça Jeans. — Dobrou os joelhos
para se olhar no espelho (ínfimo, coberto de manchas de velhice) e passou a mão
rapidamente pelos cabelos perfeitos.
— Jesus, Maria, José — declarou, revirando os olhos. — Estou um
espanto.
Claro que não estava. Sua aparência era impecável.
— É muito importante que a mulher fique bonita para o marido —
confidenciou, vestindo uma saia bem cortada e um cardigã com contas e
apliques na frente. Agora sim, estava um espanto.
Com movimentos bruscos, penteou o cabelo para trás. Estava nervosa,
muito nervosa, por causa da visita de Dermot.
— Você está linda — disse eu, embora achasse que parecia uma árvore
de Natal.
Consultei o relógio: meio-dia. Só mais três horas, e eu estaria falando
com Luke!
— Quando Dermot chegar, você gostaria que eu, bem... você sabe? —
propus a Chaquie, magnânima, fazendo gestos do tipo "pode ficar".
— O quê?
— Gostaria de ficar com o quarto só para vocês, para poderem
(pigarro!), você sabe...?
Ela pareceu chocada.
—O quê? Termos relações sexuais, é isso?
— É uma das maneiras de dizer a coisa. — Na linguagem dos
romances.
— Pelo Sagrado Coração, não! — disse ela. — O único lado bom de
estar aqui é que ele não me inferniza com a sua flauta quando tento ler meu
livro na cama. E, de mais a mais, não é permitido receber visitas no quarto.
— Não é permitido receber visitas no quarto? — Foi minha vez de ficar
chocada. — Pois se até na prisão as pessoas têm direito de receber os
cônjuges...!
Chaquie ia toda hora até a janela. Finalmente, à uma e meia, disse:
— Lá está ele.
Era quase impossível descrever seu tom de voz. Admiração, alívio e
ódio em doses idênticas.
— Onde? — Corri até a janela para dar uma olhada nele.
— Ali, saindo do Volvo novo.
Olhei para baixo, fascinada, torcendo para que fosse um bofe. Mas, a
distância, até que não era tão mau assim. Com seu bronzeado escuríssimo e
seus cabelos suspeitamente negros, podia ser descrito como o tipo de homem
que "sabe se cuidar". Usava uma camisa Jeans, uma jaqueta de couro e um par
de calças de algodão com o cós chegando quase até o peito, um dos truques a
que recorrem os gorduchos, numa tentativa inútil de esconder a barriga. A julgar
por Dermot, Chaquie não era a única que curtia um Bacardi com Coca-Cola de
vez em quando.
Enquanto eu o analisava, à procura de defeitos, percebi que tinha
mãos pequenas e, o que é pior, pés pequenos. Mal se viam os pés sob a bainha
das calças. Eu detestava homens com mãos e pés pequenos. Isso lhes dava uma
aparência pouco viril, como diabretes ou gnomos. Helen insistia que os homens
com mãos pequenas eram seus favoritos, mas isso era só porque seus peitos
eram pequenos, e, quão menores as mãos do homem, maiores seus peitos, em
comparação.
Apressada, Chaquie vaporizou-se com um vidro quase inteiro de White
Linen. Em seguida, alisando a saia e o cabelo, saiu do quarto para recebê-lo.
Eu não sabia o que fazer. Não queria ficar sozinha, de modo que decidi
descer para ver o que estava acontecendo. Topei com Mike no mezanino. Ele
olhava com ar melancólico pela janela, exatamente como Chaquie, alguns
minutos antes.
— Oi — disse eu, puxando conversa. — Como vai?
— Vem cá — chamou ele, apontando pela janela.
Uma mulher e três crianças avançavam penosamente pela entrada
para carros, debaixo da chuva. Pareciam exaustos e mortos de frio.
— Minha mulher e meus filhos. — Seu tom de voz era estranho.
Primeiro Chaquie, agora Mike. O mesmo bicho mordera todos eles.
A mulher de Mike levava uma sacola a tiracolo.
— Está vendo aquela sacola? — perguntou ele, apontando-a. Fiz que
sim com a cabeça.
— É para mim — disse ele.
Tornei a fazer que sim com a cabeça.
— Está cheia de biscoitos. Bela merda — disse, amargurado,
afastando-se em seguida.
— Prá que é que eu quero biscoitos? — gritou para mim, por cima do
ombro.
— Sei lá — disse eu, nervosa.
Pouco depois, dirigi-me ao refeitório. O corredor estava cheio de
crianças felizes machucando umas às outras e quebrando coisas.
Para meu horror, tropecei num Meu Pequeno Pônei e saí catando
cavaco. Mas, como o vídeo de um edifício dinamitado passado de trás para a
frente, consegui me pôr de pé, antes que meus joelhos quicassem no chão.
Lancei um olhar furtivo ao meu redor para me certificar de que nem Chris nem
Misty 0'Malley haviam me visto. Dois odiosos pirralhos sardentos apontaram
para mim, rindo de chorar.
Quando eu entrava no refeitório, Misty 0'Malley, que estava de saída,
passou por mim, com uma rabanada grosseira. Não foi um breve roçar, e sim
mais um safanão violento. Não pediu desculpas. Fiquei olhando para ela,
enquanto se afastava. Mesmo sem ver seu rosto, sabia que estava sorrindo, com
ar de deboche. Divertindo-se à minha custa.
Meus olhos se encheram de lágrimas. Que mal eu fizera a ela?
O refeitório estava repleto de internos e visitantes. Pelo visto, quando o
tempo estava bom, podiam todos passear pelo terreno.
Mas, nos dias chuvosos, como aquele, tinham que se aglomerar nos
bancos do refeitório, em fileiras de dez, e ficar olhando para as janelas
embaçadas.
Encontrei Chaquie e Dermot. Sentei-me com a maior cara-de-pau perto
dos dois, para forçar Chaquie a me apresentar a ele. No que os olhos de Dermot
cruzaram com os meus, ele automaticamente me vistoriou da cabeça aos pés.
Não porque tivesse me achado bonita, mas porque estava curioso para saber o
que eu achava dele.
De perto, viam-se centenas de microvarizes à espreita sob seu
bronzeado artificial. Eu até compreendia por que Chaquie queria distância das
atenções de Dermot e sua flauta. Ele era asqueroso. E os cuidados excessivos
que dispensava à sua aparência tornavam-no ainda mais asqueroso. Passava o
tempo todo dando toques no cabelo, cujos fios, além de cobertos pela tinta quase
a ponto de morrerem por asfixia, eram vítimas do secador, da escova que os
deixava altos e fofos e do laquê petrificante. Sua abundância era tal que quase
parecia uma colméia.
Eu me esbaldava, observando Dermot sem a menor discrição.
Conhecia esse tipo de homem. Típico freqüentador de adegas, daqueles que
pagam bebidas para as mulheres e perguntam, pouco depois de se apresentar:
"Quantos anos você me dá? Não, fica à vontade, pode dizer. Outra bebida?"
O mais engraçado de tudo era ver Dermot e os de sua laia tentando
dançar. E pareciam sempre beber coisas femininas, tipo Campari com soda ou
Bacardi com Coca-Cola. Bebidas doces, gasosas, em suma, perfumaria. Brigit e
eu já havíamos encontrado caras como ele n vezes. Pagavam bebidas para nós a
noite inteira e, quando chegava a hora de o bar fechar, dávamos o pira. Um
monte de lembranças me vieram à cabeça na hora, de nós duas às gargalhadas,
escondidas atrás de uma parede, dizendo "É melhor você ficar com ele", "Ora, vai
à merda, fica você."
Bastava um olhar para saber que Dermot era daquele tipo de homem
que mente sobre o fato de ser casado. (Provavelmente, até para a própria
mulher.) O tipo de homem que dá alguma desculpa complicada para não ter que
convidar a garota para ir ao seu apartamento. O tipo de homem que eu acabaria
agradecendo a Deus por fisgar, se não me apressasse, pensei, subitamente
deprimida.
Chaquie me deu as costas e se pôs a conversar com Dermot, em voz
baixa, murmurada. Não que isso indicasse discórdia ou algo parecido. O
aposento estava cheio de gente conversando em voz baixa, murmurada. Não
tinham escolha. Na semana seguinte, quando mamãe e papai viessem me visitar,
nós também nos sentaríamos à mesa e conversaríamos em voz baixa,
murmurada. O ar estava tão cheio daquele zunzum baixo e murmurado, que
comecei a sentir sono. A única coisa que me impedia de cabecear era o barulho
das pessoas tropeçando no corredor, além de um ou outro grito ocasional de
Mike — "Willy, seu pestinha, pára de ficar tentando matar todo mundo com o
Pequeno Pônei de Michelle!"
Eu estava me sentindo até melhor, por ter descoberto que o marido de
Chaquie era tão hediondo. Até que passei os olhos pelo aposento e vi Misty
0'Malley encostada nos radiadores do aquecimento central, conversando em voz
baixa, murmurada, com um homem alto, louro e bonito de dar engulhos. Sentime
solitária e enciumada. Fiquei com ódio por haver injustiças desse tipo no
mundo. Havia milhões de homens loucos por Misty, que não passava de uma
putinha grossa e antipática, e que nem era tão linda assim, sério, se a gente
parasse para pensar. Enquanto isso, eu, que era tão legal, não tinha ninguém.
Fiquei flanando pelo refeitório, fazendo hora até darem as três da
tarde, tentando irradiar uma aura de orfandade. Minha esperança era chamar a
atenção de alguém, para então abrir um sorriso corajoso. Queria que todo
mundo se perguntasse por que eu não recebia visitas, cutucando-se e dizendo:
"Quem é aquela criança? Dêem um chocolate para ela." Mas ninguém estava
nem um pouco interessado em mim. Neil sentava-se em companhia de uma
mulher feiosa e duas meninas pequenas. Ergueu os olhos e me deu um sorriso
simpático e afável, logo voltando a atenção para a mulher. Pelo jeito deles,
pareciam estar discutindo a impermeabilização da garagem.
Quando entreouvi a terceira conversa em que um homem garantia à
mulher que "Desta vez vai ser diferente, prometo", não agüentei mais ficar lá.
Dirigi-me para a porta da frente e me postei ali, cheia de desânimo, na
escada que levava até a porta, sob a chuva, a contemplar as árvores lúgubres e
gotejantes. Tinha pensado em dar a volta ao casarão à procura da academia,
para fazer uma horinha de musculação, mas estava morta de preguiça. Ora,
francamente, me repreendi, isso não vai afinar suas coxas.
Apelando para minha força de vontade e determinação, endireitei os
ombros, tranquei as mandíbulas e prometi, jurei — quase podia ouvir as
trombetas celestiais e ver os raios de sol varando as nuvens —, "Amanhã eu
começo!".
Voltei ao refeitório e fiquei ensaiando mentalmente o que diria a Luke.
("Oiiiii! Ótima! E vocêêê?")
Vi Chris sentado com duas pessoas que pareciam ser seus pais.
Regulavam em idade com os meus, e ver os três assim espremidos, tentando
desajeitadamente entabular uma conversa, me encheu de uma tristeza estranha.
Não pude deixar de notar a ausência de alguma mulher com jeito de namorada
ao lado dele.
Que bom.
Stalin me rebocou para conhecer sua Rita, uma mulher de voz rouca
que fumava um cigarro atrás do outro. Com seu jeitão de drag queen, parecia
mais capaz de quebrar as costelas de Stalin do que ele as dela. Isso me
reconfortou.
Às dez para as três, não agüentei mais esperar. Procurei a terapeuta de
plantão, a Chucrute Azedo, e lhe perguntei se podia dar um telefonema. Ela me
encarou, como se eu lhe tivesse pedido mil libras emprestadas, e me conduziu
em silêncio ao escritório. Passamos por Cheia de Vida na recepção. Que coisa
mais chata, ter que trabalhar num domingo. Pela expressão ressentida de Cheia
de Vida, deduzi que concordava comigo.
— Me dê o número — disse a Chucrute Azedo.
— É um número de Nova York — disse eu, pigarreando, nervosa. —
Tudo bem?
Ela me fuzilou por trás de seus óculos de John Lennon, mas não disse
que não.
— Está chamando — disse, entregando-me o fone.
Com o coração palpitando e o suor comichando no couro cabeludo,
recebi-o de sua mão.
Eu ensaiara meu discurso o dia inteiro. Estava decidida a adotar um
tom despreocupado e informal, não lamurioso e acusador. Mas meus lábios
tremiam tanto, que não tinha certeza se conseguiria juntá-los para falar, quando
chegasse a hora H.
Quando ouvi o clique, tive uma violenta decepção: a secretáriaeletrônica.
Mesmo assim, decidi deixar um recado. Talvez alguém atendesse o
telefone, ao ouvir minha voz. Pacientemente, esperei até ouvir o primeiro verso
de "Smoke on Water".
Mas não era "Smoke on Water"!
Eles tinham mudado a canção da mensagem para outra, do Led
Zeppelin.
Quando Robert Plant começou a esgoelar alguma coisa sobre gatas
quentíssimas e o que pretendia fazer com elas assim que chegasse em casa, fui
tomada pelo medo, convicta de que a nova mensagem era simbólica. Que Luke
estava tentando me dizer "Abaixo o velho, viva o novo." A consciência de que a
vida continuava em Nova York sem mim me atingiu com uma força devastadora.
O que mais havia acontecido, que eu não sabia?
Ouvi a guitarra histérica, alucinada dar uma parada e, quando se
aproximou do fim, tentei parar de tremer, concentrando-me para falar. Mas, não!
Havia um segundo verso. Lá vinha o Sr. Plant de novo, urrando e gritando e
prometendo amor à esquerda, à direita e no meio. Seguiu-se mais um desvario
guitarrístico. Por fim, a voz de Shake disse: "Deixa aí o lance do recado, cara."
Mas eu já tinha me descontrolado completamente. Lembrei-me de como Luke
estava zangado comigo, de como fora extremamente cruel. Não iria querer falar
comigo. Assim, debrucei-me e desliguei.
— Secretária — murmurei para a Chucrute Azedo, que estivera o tempo
todo sentada ali.
— Focê gastou uma dos suas telefonemas mesma sem ter falado.
Por volta das cinco, todos os visitantes já haviam ido embora.
Todo mundo estava apático, calado e taciturno. Menos eu.
Eu estava com vontade de me matar.
Depois do chá, abri o guarda-louça do refeitório, à procura dos
chocolates que vira ali mais cedo, e quase fraturei o crânio quando uma
avalanche de biscoitos, bolos, bolinhos, bombons e barras de chocolate
despencou em cima da minha cabeça.
— Santo Deus! — gritei, quando um saco de minibarras de chocolate
quase me arrancou um olho. — Que negócio é esse?
—Dinheiro da culpa — disse Mike. — Eles sempre trazem sacolas e
mais sacolas de doces. Menos o marido da Chaquie. Esse só trouxe um saco de
tangerinas. Você viu a peruca dele?
— Dermot? — perguntei, pasma. — Ele usa peruca?
— Como é que você pode não ter notado? — riu Mike. — Parecia um
castor dormindo no couro cabeludo.
— E o que você quer dizer com "dinheiro da culpa"? — perguntei. A
expressão me deixara inexplicavelmente ansiosa.
— Nossas famílias se sentem culpadas por nos porem aqui.
— Mas por que se sentiriam culpadas? — perguntei. — Não é para o
próprio bem de vocês?
— É isso mesmo que você acha? — perguntou Mike, franzindo os olhos.
— É claro — respondi, nervosa. — Se você é um alcoólatra ou
toxicômano, vir para cá é a melhor coisa para você.
— Você acha que é a melhor coisa para você?
O que eu poderia dizer? Decidi ser honesta.
— Olha — disse, em tom confidencial —, eu não deveria de jeito
nenhum estar aqui. Meu pai fez uma tempestade em copo d'água. Só me internei
para agradar aos meus pais.
A expressão séria de Mike se desfez, e ele caiu na gargalhada.
— Qual é a graça? — perguntei, irritada.
— O que você acabou de dizer — ele riu. — Eu me internei para
agradar à minha mulher, Chaquie para que o marido largasse do seu pé, Don
por causa da mãe, Davy para não perder o emprego, Eamonn por causa da irmã
e John Joe por causa do sobrinho. Todos nós estamos aqui para agradar a
alguém.
Não soube o que dizer. Que fazer, se todos negavam o verdadeiro
motivo de sua internação?

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